papo+lean #101 - Café+Lean: a rotina do gerente da Melkstad [parte 2]

Hoje no Café+Lean continuamos nosso bate-papo com o Márcio Hamm, gerente da Fazenda Melkstad, no Paraná. Nessa parte 2 da conversa ele compartilhou mais sobre a sua rotina gerencial no dia a dia da fazenda, contando casos reais de situações e decisões difíceis que ele já enfrentou como gerente.  

Um dos temas abordados foi a escolha dos líderes da fazenda, os supervisores dos setores. É uma decisão importante que afeta não só o setor, mas a fazenda como um todo. Uma escolha errada pode ter impactos muito positivos e fazer a fazenda avançar causar conflitos que desencadeam até a saída de funcionários. Perguntamos então ao Márcio como ele toma essa decisão de escolher um novo supervisor na Melkstad.

Confira um trecho dessa conversa:

“Nós abrimos um projeto na fazenda, que gerou um novo setor, e eu precisava escolher um supervisor para ele. E aqui na Melkstad, desde que a fazenda nasceu, eu sempre gostei de ensinar pessoas que nunca trabalharam com vaca. A maior parte dos nossos supervisores quando veio trabalhar aqui nunca tinham mexido com vaca. Um exemplo é a nossa atual supervisora da ordenha, que nunca tinha pegado na teta de uma vaca. Mas ela começou aqui como ordenhadora e foi criando esse perfil de supervisora ao longo do tempo. Ela tinha algo diferente, aquele jeito de ensinar pessoas. Como colega ela ensinava as outras da equipe e isso é algo que a gente procura em um supervisor.

O supervisor do novo setor que eu escolhi foi a mesma coisa. Ele era uma pessoa que já vinha crescendo muito aqui na Melkstad no setor dele, e gostava de ensinar. É importante já estar de olho nas pessoas do seu time, para quando surgir uma demanda assim, você ter quem escolher com esse perfil. Outra coisa importante é ir preparando essas pessoas para assumirem essas novas funções, capacitar os funcionários. E para isso é preciso estar junto. Estar junto não é estar ordenhando junto com a pessoa, rapando curral todos os dias, é estar junto treinando, capacitando, acompanhando. Isso é crítico, porque muitas vezes você pode escolher errado. E não é porque o funcionário não é bom, ele trabalha bem, mas as vezes ele não consegue liderar como supervisor, não tem o perfil. Muitas vezes já perdemos bons funcionários, que era excelentes operadores, porque colocamos ele em uma posição de líder e ele não sabia liderar. Isso para mim é triste. Você perder um ótimo operador, por uma falha na sua escolha, no momento que não era certo para aquela pessoa. E eu preciso estar cada vez mais junto como gerente para entender, capacitar e escolher essas pessoas certas, e não errar assim novamente.”

Ouça e veja a gravação completa desse bate papo:

 
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